Branco como sangue
I
Enquanto os olhares mais pareciam seguir um único ponto fixo em seus olhos castanhos avermelhados -- causados por um choro excessivo não escondido -- causando um mar de pensamentos que o mesmo tentava esquecer ao se concentrar no som das coisas em volta.
Os passos apressados que automaticamente desaceleravam ao passar pelo seu corpo pálido, os murmúrios sem sentido que vinham de todos os lados e que não pareciam ter um fim e por fim, o sinal, tão estridente quanto a lembrança de sentir unhas arranhando um quadro negro.
Enquanto os murmúrios pareciam códigos distantes demais para ver e decifrar com um simples olhar, a vontade de ter desligado o celular na noite passada, bloqueando o despertador, era demasiado comparado ao seu estado considerado incongruente por aqueles que não sabiam o que se passava na cabeça daquele jovem rapaz sem ideias concretas para, o que ele sabia, que seria incerto.
Com ao menos uma chance entender o por que todas as risadas que um dia teve ecoavam em sua mente, ele tentou esquecê-las antes que a conclusão fosse clara e todos soubessem, fazendo os olhares se tornarem comprimidos brancos e os passos para que os comprimidos fossem entregues, se tornassem os médicos do ódio mútuo, aqueles que estava cansado de rever em seus sonhos mais normais.
Sonham que uma hora, se tornavam um pesadelo chamado realidade.
Os passos apressados que automaticamente desaceleravam ao passar pelo seu corpo pálido, os murmúrios sem sentido que vinham de todos os lados e que não pareciam ter um fim e por fim, o sinal, tão estridente quanto a lembrança de sentir unhas arranhando um quadro negro.
Enquanto os murmúrios pareciam códigos distantes demais para ver e decifrar com um simples olhar, a vontade de ter desligado o celular na noite passada, bloqueando o despertador, era demasiado comparado ao seu estado considerado incongruente por aqueles que não sabiam o que se passava na cabeça daquele jovem rapaz sem ideias concretas para, o que ele sabia, que seria incerto.
Com ao menos uma chance entender o por que todas as risadas que um dia teve ecoavam em sua mente, ele tentou esquecê-las antes que a conclusão fosse clara e todos soubessem, fazendo os olhares se tornarem comprimidos brancos e os passos para que os comprimidos fossem entregues, se tornassem os médicos do ódio mútuo, aqueles que estava cansado de rever em seus sonhos mais normais.
Sonham que uma hora, se tornavam um pesadelo chamado realidade.
II
Ele ainda sente o vento bater em seus cabelos ainda não raspados por causa de uma crise não explicavelmente adepta a aqueles que um dia disseram entender sua mente tão bem quando ele mesmo.
A procura das borboletas não foi necessária, pois via elas sairem de sua boca já mortas... consequência triste dos olhares brancos e dos passos odiosos.
Ele sabia que ninguém queria o seu bem real, apenas aquilo que chamavam de bem, um significado cheio de palavras sem nexo que o obrigavam a entender toda vez que respirava pela boca, deixando a fumaça guardada de tragos passados, sair.
As agulhas rasgando sua pele, deixando nem sequer uma marca o faziam lembrar dos ponteiros pontudos do relógio que tinha no seu quarto bagunçado e isolado, dando-lhe liberdade de estar em qualquer lugar, e quando arrumasse os números, a qualquer hora antes dos seus olhos pesarem, obrigando sua mente a desmaiar por algumas horas.
A procura das borboletas não foi necessária, pois via elas sairem de sua boca já mortas... consequência triste dos olhares brancos e dos passos odiosos.
Ele sabia que ninguém queria o seu bem real, apenas aquilo que chamavam de bem, um significado cheio de palavras sem nexo que o obrigavam a entender toda vez que respirava pela boca, deixando a fumaça guardada de tragos passados, sair.
As agulhas rasgando sua pele, deixando nem sequer uma marca o faziam lembrar dos ponteiros pontudos do relógio que tinha no seu quarto bagunçado e isolado, dando-lhe liberdade de estar em qualquer lugar, e quando arrumasse os números, a qualquer hora antes dos seus olhos pesarem, obrigando sua mente a desmaiar por algumas horas.
III
Sentir o liquido incolor passando pelas suas veias era uma das muitas coisas que fazia sua mente gritar em silêncio, em um quarto desfocado, fazendo os rostos se tornarem formas tristes e descuidadas pelo pintor que as pintou no quadro de sua vida rasgada.
Quanto mais os ponteiros deixam suas dimensões distantes, o tempo as tranca no mesmo ármario que um dia se viu escondido enquanto os passos se aproximavam.
Entre tantos outros considerado normais, aquela cena se repete e o liquido que entrava por tubos também incolores, sai de outra forma. As pinturas não as veem cair de seus olhos já fechados, criando uma esperança de que ele estaria... bem.
Quanto mais os ponteiros deixam suas dimensões distantes, o tempo as tranca no mesmo ármario que um dia se viu escondido enquanto os passos se aproximavam.
Entre tantos outros considerado normais, aquela cena se repete e o liquido que entrava por tubos também incolores, sai de outra forma. As pinturas não as veem cair de seus olhos já fechados, criando uma esperança de que ele estaria... bem.
IV
O vermelho pingava de suas mãos exarcadas -- um vermelho escarlate -- tão vibrante que o mesmo não conseguia tirar os olhos dos pingos carregados de dor e agustias guardadas por anos.
Estava cansado dos olhos secos tentando indentificá-lo como normal, quase sem vontade de entender como ele parou lá. Naquele branco vazio e no preto lotado.
Suas unhas batucavam pela última vez no metal da cama, fazendo uma sequência cada vez mais prolongada, perdida no tempo do dia, sem que os ponteiros protestassem contra o riúdo do metal não podre.
Por fim, um barulho repetitivo -- causado pela queda -- foi seu último som criado. Ao enconstar no chão a lamina deixou de existir em meio as gotas que vieram de brinde, deixando uma curiosidade não saíavel de ver a mesma se partindo com o último segundo antes de estar completamente no chão e ele, vendo os véus negros vindo sem dizer ao menos uma palavra, obrigando-o a erguer as mãos para tocar no invisível do vento frio que fazia os véus se mexerem no limpo do universo que o transformará nisso.
Numa esperança mal sucessida.
Num preto em meio ao branco.
Nos olhos claros.
Estava cansado dos olhos secos tentando indentificá-lo como normal, quase sem vontade de entender como ele parou lá. Naquele branco vazio e no preto lotado.
Suas unhas batucavam pela última vez no metal da cama, fazendo uma sequência cada vez mais prolongada, perdida no tempo do dia, sem que os ponteiros protestassem contra o riúdo do metal não podre.
Por fim, um barulho repetitivo -- causado pela queda -- foi seu último som criado. Ao enconstar no chão a lamina deixou de existir em meio as gotas que vieram de brinde, deixando uma curiosidade não saíavel de ver a mesma se partindo com o último segundo antes de estar completamente no chão e ele, vendo os véus negros vindo sem dizer ao menos uma palavra, obrigando-o a erguer as mãos para tocar no invisível do vento frio que fazia os véus se mexerem no limpo do universo que o transformará nisso.
Numa esperança mal sucessida.
Num preto em meio ao branco.
Nos olhos claros.
No morto em meio a cama branca.
Tentativa de texto | Viclst
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