Incolor;


Lágrima  

CULPA É MINHA
o que mais seria?
Sua feição para mim é séria. 
Sua boca diz isso em algo e bom som,
esperando que meu humor ainda fique bom.
Deixa tudo guardado entrelinhas,
fazendo-me querer para ir o meu planetinha. 
NÃO DIGA NADA
assim, outra briga pode ser causada. 
Não sou mais tão nova,
também não sou acostumada com nãos...
é o que eles dizem. 
Em meus olhos, lágrimas,
em meus ouvidos, nada. 
Olhá-los é mais um motivo para chorar,
causar, gritar. 
Eu não sou criança,
posso entender porque não tem mais confiança. 
De uma única coisa infantil eu sei: 
Tudo ficará bem,
colorido,
não ensaiado,
e talvez... deixado sem ser pensado. 
Talvez fosse melhor... não, isso é bobagem...
é claro, foi uma adulta que teve essa abordagem. 
*
*
Espelho quebrado

Vilã desalmada,
Esperando ser amada,
Sem ser compreendida,
Um dia talvez, possa ser mais do que entendida.
Sem príncipes,
Princesas e reinos,
Apenas destruições,
Causadas pelos meus princípios.
Princípios? Apenas palavras,
Pensadas milhões de vezes
para que no fim, sejam sem querer,  amarguradas.
Está tudo bem, acredite em mim,
Sem mais nem menos,
Deixe que você tenha um feliz fim.

*
*

Chuva
Me sinto entristecida,
De alguma maneira, obviamente perdida.
Por que as coisas estão se afastando,
Coisas que um dia eu estava ajeitando…
Ajeitando dentro de mim,
Para que um dia pudesse dizer que “isso está dentro do meu coração, simples assim”.
Quanto mais eu penso em falar algo,
O tempo diz que tudo que eu penso é tão pequeno considerado a um galgo.
Talvez não tenha mais minutos para sorrir,
Assim, tentando não me ferir.
*
*
Janelas
Eu sou a tempestade que se forma,
Eu sou o mar num copo d'agua,
O medo que se transforma.
As lágrimas que veem até mim,
Não entendem que não é hora de vir,
Deixando todos com uma certa penin.
Sou a destruição da alma,
O caos bonito,
E acima de tudo, a confusão que acalma.
Deixo de ser o abraço envolvente,
O carinho amoroso,
O amor incongruente.
Sou eu,
O meu,
O talvez e futuro, de alguém, seu.
*
*
Porta de vidro
Odeio o simples fato de ter medo,
Odeio a expectativa de te levar pra um vinhedo.
O caos em um pensamento,
Deixando-me aflita de seu raciocínio nada vento,
Do seu não querer,
De um dia não prever.
É tão obvio…
Ou não?
Ainda espero que entenda,
Antes que num parede branca eu te prenda.
Esperando lhe beijar.
*
*
Cacos colados
Novamente eu pergunto,
O que houve comigo?
Sou uma criança sem assunto.
Sentimental, amável,
Perdida,
Chorável.
Não me diga que estou chorando se eu não sinto as lágrimas,
Eu sei quando estou mal,
E se eu quiser confirmarei,
Isso é algo pessoal.
O nada é tudo,
O espelho me ama,
E essa sou eu, um conjunto contudo.
Sem armações tentando não me prender na cama.
*


E isso é também é tudo, dando mais um fim a uma obra inacabada.


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