Viadutos por onde andei

Entre pensamentos e desconstruções sobre tu,
perdida, esquecida, envolvida num só ,
pare de girar agora, que eu quero descer,
sem ao mesmo lhe ver, eu vou embora sem você perceber.
Num só passo, estarei em outro mundo,
sozinha, livre e sem qualquer amor,
livre, solta e sem você,
por que eu me sinto tão bem?
não dói, não sinto e nem ao menos percebo que não está aqui.
Os saturnos estavam certos ao me dizer que o mundo era meu,
não nosso, não seu.
Forças sobrenaturais me conduziram até aqui sem me dizer.
Meus olhos ainda não se acostumaram com tal coisa,
um mundo livre onde você se perdeu,
e quis me levar...
por que?
Meus cabelos saem voando junto com as lembranças já esquecidas,
estou só, vagando por um mundo perigoso,
onde não ha amor suficiente, mas em todos os corações existe um pouco de uma esperança.
Suas lágrimas lhe fazem afogar dentro desse quarto sujo,
deixei os anéis do nosso mundo cuidarem de você,
o enforcando no próprio egoísmo que criou,
tudo acabou em um adeus,
sem tristeza aparente ou medo.
Eu lhe deixei,

e me vi, livre,

em mundo ainda perdido....

Tentando ignorar o seu jeitin de ficar aqui, 

me dizer que me amava sem saber o que era amor,

de um dia, me pedir em casamento em pleno viaduto,

sem perceber que eu estava cansada do seus olhares, 

obrigando-me a ti desconstruir em minha mente, 

para ver que sempre estive perdida em seus braços... 

de um jeito ruim, é claro.

De: Viclst (Victória Clst)